quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Padrão de excelência do HGG impressiona convidados

        O projeto de revitalização e de humanização do hospital foi entregue ontem durante o Sarau do HGG, cuja proposta é levar música e arte aos pacientes. Autoridades conheceram novo CTI. O padrão de excelência das instalações e do atendimento do Hospital Alberto Rassi – HGG impressionou autoridades e convidados, que participaram, nesta segunda-feira, 5 de agosto, do Sarau do HGG, um concerto musical destinado à apresentação do novo hospital, que passou por um minucioso processo de restauração arquitetônica e recebeu nova iluminação e projeto de paisagismo. Presente ao evento, o governador Marconi Perillo destacou que foi preciso coragem para fazer as mudanças necessárias – transferindo a gestão dos principais hospitais públicos para organizações sociais (OSs) – e para enfrentar resistências iniciais à ideia. 
         O HGG foi o primeiro hospital a ter a gestão transferida no atual governo, ao Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), há 18 meses. “A diferença dessa gestão é a eficiência, a eficácia, a competência. Estamos gastando menos dinheiro para sermos mais eficientes”, enfatizou o governador, depois de assistir ao concerto e de visitar setores do hospital, onde conferiu com interesse equipamentos e estrutura física e conversou com pacientes e profissionais do hospital. “Quero agradecer ao Idtech e aos seus colaboradores por fazerem a sua parte. Eu queria essa mudança, mas a temia. Fui muito exigente, mas confiei em vocês e vejo que estão correspondendo à minha confiança. Esse é o modelo definitivo que queremos em todos os hospitais públicos do Estado”, afirmou Marconi. O governador disse ainda estar seguro de que o caminho de transferir a gestão dos hospitais “a quem sabe fazer com menos burocracia e em melhores condições de atuar a tempo e a hora” vai perdurar e será estendido a outras unidades, como o Hospital de Urgências da Região Noroeste de Goiânia, o Hugo 2, que já abrirá as portas dirigido por uma OS.






          Autoridades e um grupo de convidados e médicos visitaram ainda o novo centro de terapia intensiva (CTI) do HGG, prestes a ser entregue. Um detalhe chamou a atenção, a economia conseguida: o CTI, com 29 leitos e os mais modernos equipamentos, foi construído com os recursos inicialmente destinados à reforma de dez leitos. “É outra coisa, quero esse padrão para todos os hospitais do Estado”, disse o governador, durante a visita ao CTI. Convidada para entregar um exemplar da revista Multidata ao governador – cujo número atual traz na capa uma reportagem sobre o novo Hospital Alberto Rassi –, a presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, contou uma experiência pessoal recente para concluir: “Essa UTI não perde em nada hospitais de ponta dos Estados Unidos”. Helenir relatou que passou por um problema delicado, com a filha, que é casada com um oficial da Força Aérea dos Estados Unidos, internada em uma unidade de terapia intensiva. “Fiquei duplamente emocionada ao entrar nessa UTI, por relembrar a experiência com minha filha e também por ver esse nível de qualidade em um hospital público no Brasil”, afirmou a presidente da Acieg. Ela lembrou que representa os empresários e definiu como “excelente” a parceria do governo com a iniciativa privada para a gestão das unidades de saúde. “Ganham todos: o Estado, porque gera mais empregos; o governo, com a economia e eficácia na gestão; e, principalmente, os usuários do SUS, que têm aqui um atendimento com alta tecnologia na área da saúde, digna da capa de uma revista”.




        


   
Sarau
A resposta dos pacientes à iniciativa de unir música e tratamento médico veio aos primeiros acordes do piano de cauda tocado por Consuelo Quireze e Maria Lúcia Roriz. Ainda na execução da primeira peça, as escadas do HGG começaram a ficar tomadas por pacientes, que vieram atraídos pela música, muitos deles carregando o soro pelo qual recebem os medicamentos. As duas pianistas, da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), executaram peças do compositor tcheco Antonín Dvojak, do argentino Astor Piazzola e do brasileiro Heitor Villa-Lobos. No pátio de entrada do hospital, um quarteto de cordas recebeu os convidados também ao som do melhor da música clássica.
         Diretor de Ensino e Pesquisa do Hospital Alberto Rassi, o médico Marcelo Rabahi definiu o sarau como “uma noite festiva para conciliar os anseios dos que lidam com saúde com a esperança de fazer algo melhor”. “Por mais científicos que sejamos, a esperança, a fé e a arte respondem por mais de um terço do tratamento dos pacientes”, afirmou o diretor, lembrando de pesquisas nesse sentido. “Por isso estamos incluindo atividades semanais de arte dentro do hospital, levando a música como forma de esperança, para que todos saiam daqui com um estado de saúde melhor do que entraram”. Rabahi também fez um agradecimento especial à família Rassi, em particular ao idealizador do hospital, Alberto Rassi, cujos parentes participaram do evento.
         O médico Luiz Rassi, irmão de Alberto Rassi, foi um dos primeiros a chegar ao hospital. Acompanhado da filha Mônica Rassi, Luiz Rassi esbanjou simpatia e posou para fotos em frente à fachada do hospital, que leva o nome do irmão. Filhos deAlberto Rassi, Alberto Rassi Filho e Clara Lúcia Rassi Guimarães também participaram do sarau e compartilharam lembranças. “É uma emoção enorme estar aqui. Passamos uma boa parte de nossa infância dentro desse hospital”, disse Clara Lúcia. Ela e os irmãos moraram durante quatro anos em uma ala do hospital em construção. “Isso aqui era a vida do meu pai. Ele não teve outra alternativa a não ser se mudar para cá, com a família, para acompanhar a construção de perto. Vivemos muitas histórias aqui”, relatou Clara Lúcia, emocionada. O marido dela, Lindomar Guimarães Filho, lembrou que o prédio, na década de 60, funcionou como quartel do Exército. Falando em nome da família, o médico Alberto Rassi Filho, fez uma sugestão ousada: “o sonho do meu velho era ver uma faculdade de medicina funcionando aqui. Já temos o hospital e a UEG, é só avançar”.
         Secretário de Estado da Saúde, Antonio Faleiros também ressaltou a importância da família Rassi para a medicina em Goiás. “Estamos fazendo a entrega simbólica dessa obra magnífica, com estrutura, equipamentos e atendimento humanizado”, observou. “Enche-nos de orgulho saber que essas instalações têm padrão de primeiro mundo e ainda mais por saber que esse padrão de qualidade foi atingido com um custo menor do que quando era por administração direta”, destacou Faleiros.

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