quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cerrado Fashion Week - Desfile Estilistas Goianos - Região Kalungas


            Treze estilistas goianos convidados:  Any Brasil, Audie Dayves, Dora Lemes,  Juliana Mendonça,  Léo Silva, Lorena Braga, Marcelo Guimarães, Polly Fernandes, Silvio Marinelli, Thaís Maciel, Théo Alexandre, Vicki Ribeiro e Waldik Habson, aceitaram o desafio de construir look’s inspirados na Região dos Kalungas. Entraram de corpo e alma nas pesquisas e encontraram na riqueza da simplicidade, religiosidade, festança, flora, arquitetura e nas lembranças da escravidão vencida, inspirações para suas criações conceituais e contemporâneas.  Os estilistas foram orientados por Suely Calafiori,  Coordenadora de Desfile Estilistas Goianos e de Novos Talentos do Cerrado Fashion Week.
             Os Kalungas são descendentes de escravos fugidos e libertos das minas de ouro do Brasil central que formaram comunidades auto-suficientes e viveram mais de duzentos anos isolados em regiões remotas, próximas à Chapada dos Veadeiros. São três comunidades, nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás.
        A mais populosa comunidade está situada no município de Cavalcante, com pouco mais de duas mil pessoas, distribuídas nas localidades do Engenho II, Prata, Vão do Moleque e Vão das Almas, sendo esta última a mais recente a se integrar no seio do município (cerca de trinta anos).
       Mais recentemente alguns estudos têm indicado a presença de calungas também em regiões do Tocantins, nos arredores de Natividade e regiões isoladas do Jalapão. Durante todo este período, houve miscigenações com índios, posseiros, fazendeiros brancos  e também forte influência de padres católicos, dando lugar a uma cultura hibridizada, característica  que se manifesta na alimentação e no forte sincretismo religioso da mistura do catolicismo e de ritos africanos. A expressão também significa “Tudo de bom” em dialeto banto africano.











































O que são os quilombolas?
              Quilombolas é designação comum aos escravos refugiados em quilombos, ou descendentes de escravos negros cujos antepassados no período da escravidão fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar, fazendas e pequenas propriedades onde executavam diversos trabalhos braçais para formar pequenos vilarejos chamados de quilombos. Mais de duas mil comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro mantêm-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988.

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